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É dos pequeninos? Hã? CHUPA-MOS!

segunda-feira, dezembro 27, 2004

ROSAS E PARALELOS
(ou o amor na província)


Acordei todo estremunhado
E a arrotar a tremoço.
O despertador tava parado
já era hora de almoço...

Atrasado pró emprego
Corri até mais não
Quando o sol me pôs cego,
Pisei um cagalhão.

Tão boa era a minha sina,
Que te encontrei na rua!
Disse-te "Olá, tás fina?"
E imaginei-te toda nua.

A pensar nos teus marmelos
Segui a correr sem freio!
Tropecei nuns paralelos
Fui com os cornos ao passeio.

Com a testa em ferida,
segui corrida pró trabalho
"Mas que puta de vida!
E se fossem todos pró caralho?"

Assim que cheguei ao escritório,
Escrevi este poema pra te dar.
Não sei rimar com escritório,
Mas o que interessa é tentar.

Tratava-te com delicadeza
Mas preferiste o ricalhaço...
Agora afogo a minha tristeza
Com cervejas e bagaço.

Tu dormes com o inimigo
E eu adormeço resignado...
Sei que sonho contigo,
acordo de malho ripado.

Quero pensar em amizade
Apesar de me teres negado.
Digo-to com sinceridade
E com um pé todo cagado!

Só pra veres como seria,
Até solto uns poemas destes
Se te arrependeres um dia,
Minha amiga... Fodestes-tes!
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